sábado, 21 de junho de 2008

Treze

Treze sempre foi um número enigmático. Uns dizem que dá sorte, outros dizem que dá azar. Ter 13 anos é um dilema! Você não é nem criança, nem adolescente. E é nessa fase de transição que você passa a entender todas as coisas e não compreende tantas outras.
E pensar que eu já passei por tantas coisas...
E pensar que ainda falta mais da metade da minha vida para viver e ainda há tantas coisas a serem feitas...
Apesar de serem apenas 13 anos, é a minha vida inteira! Bom, e o que dá para fazer em treze anos de vida? Paticularmente....

Eu já amei, já me iludi, já sorri, já chorei vendo um filme, já chorei lendo um livro,
já chorei por alguém, já dancei na chuva, já fiz poomsae na chuva, já me joguei de roupa
na piscina (e 2 vezes), já comi brigadeiro de panela, já quebrei a perna, já plantei uma árvore,
já bati, já apanhei, já gritei com alguém, já gritei por alguém, já vi o tempo parar diante dos
meus olhos, mas também já o vi passar mais depressa do que deveria. Já roubei um beijo, já
tive um beijo roubado, já fiz uma música, já fiz poesia, já recebi flores, já percorri seis estados do Brasil dentro de um gol, já fiz o que era proibido, já madruguei, já tentei contar as estrelas...

Mas tambén há muito a ser feito. Por exemplo, eu...

ainda não publiquei um livro, nunca pulei de paraquedas, nem disse: "siga aquele carro!" a
um taxista. Nunca declarei um poema para ninguém,nem nunca tive uma daquelas cenas lindas de beijo na chuva, ainda não tive um filho (dãããããã), nunca vi a morte, nem saí do país.
Nunca fugi decasa. Nunca participei de uma guerra de travesseiros [1] (buááááá), nunca tive um
tamagoshi, nunca me joguei na lama, nunca levei torta na cara, nem dominei o mundo. Ainda não joguei ovo em ninguém, tampouco bolinha de papel no professor. Nunca fui à lua...